sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Estalquear? vc é um stalker?



Estalquear? vc é um stalker?

Um comportamento, que sempre existiu, advindo de mentes descompensadas – e até psicóticas – dos apaixonad@s encontrou o seu espaço no meio virtual, que acabou recebendo um nome vindo da língua inglesa: stalk (ou estalquear em sua versão abrasilerada). Os praticantes do stalk, portanto, ganham a alcunha de stalker.
O stalk é muito comum, mas isso não significa que possa ser considerada como uma atitude lá muito saudável, de pessoas com maturidade emocional completa (estou para conhecer uma dessas…).
Por algumas vezes senti que poderia me enquadrar nessa categoria, pois nunca consegui me encaixar em nenhum padrão de normalidade mesmo. E também, como vivi boa parte da vida em paixões solitárias e sem futuro e que ainda por cima fazia total questão de manter firme como uma rocha, seguir cada rastro que o amado deixa na Internet ou qualquer outra mídia era o que me restava a fazer.
Perseguir os passos do indivíduo net afora é muito dolorido para mim, porque já é muito difícilestalquear quando já se tem contato com aquela pessoa diária ou eventualmente; imagina quando essa pessoa nem sabe da sua existência na Terra, morando do outro lado do Atlântico, e você ainda está lá perdendo seus preciosos minutos acompanhando cada passo que ele (ou ela) dê, por exemplo, no Tumblr? Pois é, essa é minha vida… esse é o meu mundo. Mas não para a minha alegria.
Não sei se a sensação que tenho seja única, mas parece que a pessoa joga sem querer cacos de vidro por onde ela passa, e eu estou pisando pelo seu mesmo caminho descalça. Qualquer coisa que ele faz me fere tanto quanto uma lasca de vidro enterrada na planta do meu pé. O meu Brightside de Olhos Verdes (The Killers e Shakespeare: ‘Tamo’ junto!) urra sem a menor necessidade, mesmo sem o menor sinal de “perigo”. Enquanto a pessoa está vivendo sua vida, eu estou renunciando a minha, embasada em devaneios e impulsos 

Simplesmente um horror que eu não desejo nem para o ser humano mais desgracento do planeta.
Mesmo que eu conheça a origem de todas as minhas sensações e consiga identificá-las com exatidão, não é certeza de que eu possa contê-las.
Hoje me sinto muito feliz por ter conseguido discorrer sobre esse assunto com alguma lucidez. Amanhã já não estou certa de como que estará o ponteiro no meu nível de felicidade e de quando que o impluso do tenho-que-entrar-no-Facebook-pra-ver-as-atualizações-do-Tumblr-do-lindo-senão-eu-faleço irá aparecer. E assim vou tocando essa rotina infernal que sabe se lá quando vai ter fim…
Agora fiquem com a melô da minha realidade atual, cantada por um vocalista que adorava tomar banho em reservas indígenas da Amazônia brasileira (como esquecer, né?)… Com vocês, The Police com o hit oitentista Every Breath You Take.
fonte google /autor desconhecido