Estalquear? vc é um
stalker?
Um
comportamento, que sempre existiu, advindo de mentes descompensadas – e até
psicóticas – dos apaixonad@s encontrou o seu espaço no meio virtual, que acabou
recebendo um nome vindo da língua inglesa: stalk
(ou estalquear em sua versão abrasilerada). Os
praticantes do stalk,
portanto, ganham a alcunha de stalker.
O stalk é muito comum, mas isso não significa
que possa ser considerada como uma atitude lá muito saudável, de pessoas com
maturidade emocional completa (estou para conhecer uma dessas…).
Por algumas vezes senti que
poderia me enquadrar nessa categoria, pois nunca consegui me encaixar em nenhum
padrão de normalidade mesmo. E também, como vivi boa parte da vida em paixões
solitárias e sem futuro e que ainda por cima fazia total questão de manter
firme como uma rocha, seguir cada rastro que o amado deixa na Internet ou
qualquer outra mídia era o que me restava a fazer.
Perseguir os passos do indivíduo net afora é muito dolorido para
mim, porque já é muito difícilestalquear quando já se tem contato com aquela pessoa
diária ou eventualmente; imagina quando essa pessoa nem sabe da sua existência
na Terra, morando do outro lado do Atlântico, e você ainda está lá perdendo
seus preciosos minutos acompanhando cada passo que ele (ou ela) dê, por
exemplo, no Tumblr? Pois é,
essa é minha vida… esse é o meu mundo. Mas não para a minha alegria.
Não sei se a sensação que tenho seja única, mas parece que a
pessoa joga sem querer cacos de vidro por onde ela passa, e eu estou pisando
pelo seu mesmo caminho descalça. Qualquer coisa que ele faz me fere tanto
quanto uma lasca de vidro enterrada na planta do meu pé. O meu Brightside de Olhos Verdes (The Killers e Shakespeare: ‘Tamo’
junto!) urra sem a menor necessidade, mesmo sem o menor sinal de “perigo”.
Enquanto a pessoa está vivendo sua vida, eu estou renunciando a minha, embasada
em devaneios e impulsos
Simplesmente um horror que eu não desejo nem para o ser humano
mais desgracento do planeta.
Mesmo que eu conheça a origem
de todas as minhas sensações e consiga identificá-las com exatidão, não é
certeza de que eu possa contê-las.
Hoje me sinto muito feliz por
ter conseguido discorrer sobre esse assunto com alguma lucidez. Amanhã já não
estou certa de como que estará o ponteiro no meu nível de felicidade e de
quando que o impluso do
tenho-que-entrar-no-Facebook-pra-ver-as-atualizações-do-Tumblr-do-lindo-senão-eu-faleço
irá aparecer. E assim vou tocando essa rotina infernal que sabe se lá quando
vai ter fim…
Agora fiquem com a melô da
minha realidade atual, cantada por um vocalista que adorava tomar banho em
reservas indígenas da Amazônia brasileira (como esquecer, né?)… Com vocês, The
Police com
o hit oitentista Every Breath You
Take.
fonte google /autor desconhecido